Consepro luta para conter a violência na cidade

2015-04-10_190211

Consepro tenta medidas para diminuir índices de criminalidade, mas crise econômica afasta investimentos

Novamente Bento Gonçalves teve uma semana de assaltos à mãos armadas, furtos de veículos e arrombamentos em estabelecimentos comerciais. A violência assusta a população. Na última edição do jornal, de sexta-feira (9), o indíce de taxa de homicídio do município foi apresentado e foi superior ao de São Paulo. De acordo com o presidente da Fundação de Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro) do município, Elton Gialdi, a organização tem tentado fortalcer as forças policiais, como Brigada Militar e Polícia Civil, e conseguir recursos junto à sociedade, para realizar mais trabalhos sociais.
“Precisamos cuidar melhor dos nossos jovens, das nossas crianças que estão nos bairros. Infelizmente não estamos hoje onde gostaríamos de estar, por falta de capacidade de recursos.”, diz Gialdi. O entrave financeiro devido à crise econômica do país impede a Consepro de realizar mais projetos a médio e longo prazo, o que, segundo o presidente, impossibilitaria que a criança e o jovem se inserisse no mundo do crime. Para ele, o ideal seria começar a trabalhar com os jovens aos 7 ou 8 anos de idade e seguir por cinco anos, para que após eles já tenha a capacidade de escolher um caminho do “bem”.
Para Gialdi, a criminalidade de Bento não é pontual. “Bento Gonçalves está inserido em um conceito à nível nacional. O Brasil todo sofre com indíce de violência, faltam oportunidade de empregos, economia retraída, falta oportunidade para jovens, para obterem qualificação”, comenta. “Não se investe em educação, cuidado com as crianças apenas subsistêncial, de forma positiva. Então isso tudo se reflete naquilo que estamos vivendo hoje”, avalia.
Entretanto, o presidente associa a taxa de homicídio da cidade à rota de traficantes. “O indíce de homicídio se deve muito ao trafico de drogas. Bento Gonçalves tem um PIB bem expressivo, economia muito forte, e isso traz os bons negócios para a cidade, assim como os maus, entao hoje nosso município é muito visada pelas quadrilhas, pelos comandos de tráfico de drogas, e com isso existe uma disputa por ponto de drogas, consequentemente causando homicídios”, lamenta Gialdi.