Repleta de conferencistas de destaque em diferentes segmentos, a programação da Convenção Gaúcha de Supermercados também mobilizou grande público ao longo dos três dias do evento.
Glória Maria
A Jornalista Glória Maria, durante quase 50 minutos de palestra, no auditório lotado do Teatro Sesi, contou sobre suas experiências à frente do Globo Repórter, sempre com um tom de incentivar e motivar os varejistas que participaram do evento.
Um dos pontos altos de sua palestra foi o momento em que Gloria disse: “ Nasci mulher, pobre, negra e aprendi que a gente não pode viver exercitando problema. Tento viver para a solução, e não para o problema. Se tivesse pensado o tempo todo na minha condição de inferioridade, não teria ido a lugar algum. Porque o medo paralisa a gente”.
A apresentadora e repórter do programa global, contou muitos momentos em que enfrentou dificuldades durante as gravações, um deles quando ela congelou a língua durante passagem pelos Alpes Suíços, a – 10ºC.
A Jornalista conclui sua apresentação com um momento de descontração e diversão. Ela mostrou a plateia o vídeo da reportagem que ela fumou um cachimbo gigante de maconha durante um ritual rastafári na Jamaica, “recusar seria um desrespeito à tradição daquele povo, afirmou ela ”. Os editores decidiram levar a imagem ao ar e “neste momento virei a rainha dos memes. A vida sem humor não vale nada” . Concluiu Glória.
Cláudia Raia
Intitulada “Nas Raias do Empreendedorismo”, a palestra comandada pela atriz global Cláudia Raia abordou o empreendedorismo feminino nas artes e a consolidação da carreira de Claudia como produtora cultural.
A atriz mostrou um lado seu pouco conhecido do grande púbico, como empreendedora artística. Na palestra Claudia traçou um paralelo entre arte e negócio, contando sua trajetória nos palcos e na TV, principalmente, na produção. “Me meti justamente a produzir musicais num país que não se interessava muito por isso.”
Ao final do discurso, a atriz, Claudia, deixou uma mensagem para as mulheres: “Caí e levantei muitas vezes para chegar aqui, e eu sou mulher, nós criamos um espaço que não tínhamos e nada nem ninguém pode nos tornar menos do que somos e queremos ser”. E conclui: “a complexidade feminina é imensa e temos que usá-la para nos posicionarmos”.
Experiência de compra
A palestra “Como vieses cognitivos afetam as decisões do consumidor”, foi ministrada pelo consultor e empresário canadense, Mike Ross. Segundo o especialista, as pessoas costumam tomar decisões por dois meios de pensamento, o intuitivo – que é responsável pela tomada de 95% das decisões.
De acordo com Ross, as empresas utilizam os vieses cognitivos de forma a acionar o pensamento intuitivo nas compras. “Podemos utilizar soluções sutis, como por exemplo, aumentar o tamanho do carrinho para que as pessoas o vejam vazio e entendam que podem comprar mais. Além de outras opções como o cheiro do pão e o calor do café, aspectos cognitivos incorporados no processo de compra”, explica Ross.
Para Mike Ross, dentre os principais fatores que influenciam a tomada de decisão estão os padrões confirmatórios, a aversão à perda, a ancoragem, o efeito chamariz, o viés de grupo e o efeito de adesão. “Ter medo de perder é um clássico, as pessoas não conseguem deixar de comprar algo mais barato, mais por receio de perder do que vontade de ganhar”, explica o palestrante.
Alexandre Garcia
O jornalista Alexandre Garcia apresentou a palestra “O Brasil em 2020: Cenários políticos e os impactos no consumo”. Para ele, o Brasil está em fase de renovação, entretanto, os brasileiros insistem em acreditar que as mudanças feitas, desde outubro do ano passado não são positivas.
“Passei a minha infância, adolescência e fase adulta ouvindo que o Brasil era o país do futuro, mas onde está esse futuro que não chega nunca? Se chegou para os Estados Unidos e Austrália, vai chegar aqui também”.
Convicto, Garcia acredita em um futuro próspero para o Brasil, no qual as pessoas valorizam o que há de bom e compreendem que a renovação é um ponto positivo. “Estão empurrando o pessimismo em nossas cabeças, quero falar hoje sobre nosso futuro e nossas esperanças”, afirmou.
O jornalista acredita que o brasileiro é culturalmente pessimista e tem o costume de torcer contra as mudanças por mais benefícios que elas indicam. “Quando lançado o plano real, colegas afirmavam que ele não chegaria até o final do ano e ainda torceram para que o projeto desse errado. Qual a necessidade disso?”, relembra.
Em razão disso, o palestrante afirma que a população brasileira esquece os fatores positivos. “Preferimos falar do Beira-Mar ou do Lula do que enaltecer a professora Helen, que deu a vida para salvar mais de 20 crianças”, opinou.
Marcio Atalla
O educador físico, Marcio Atalla, falou sobre mudança de hábito para melhorar a qualidade de vida, deu dicas de atividades físicas e alimentação, e ainda compartilhou histórias e dados coletados durante a gravação da série “Vida Ativa”, do Fantástico.
Segundo Atalla, as pessoas acreditam que estar bem de saúde é ter ausência de doença e que uma simples mudança de hábito pode evitar os mais variados tipos de problemas de saúde.Para Atalla, o sedentarismo é o grande vilão da saúde. “Durante anos o ser humano precisou se movimentar para sobreviver. Hoje, a vida é mais fácil e confortável e precisamos adaptar o corpo a esse estilo de vida”, explicou.
A mudança de hábito é a chave para melhorar a qualidade de vida, de acordo com o educador físico. “É preciso mudar o estilo de vida. E isso pode ser feito de forma simples, com algo que você goste e consiga manter uma frequência”, ressalta Atalla.
O órgão que mais se beneficia com as atividades físicas é o cérebro. “Quando fazemos atividades, produzimos novos neurônios, diminuímos o hormônio de estresse, melhoramos o aprendizado e memória, além de evitar o Alzheimer”, elencou.