Como você lida com o estresse?

2015-04-10_190211

O mês de novembro, junto com as decorações natalinas, nos recorda inegavelmente que estamos no final do ano… Nessa altura, é comum ouvir e trocar queixas sobre o esgotamento e o cansaço que parecem aumentar conforme o calendário vai avançando. Mas afinal, quando o estresse ultrapassa os limites? Os sinais de que coisas não vão bem aparecem não apenas nas questões relacionadas ao psiquismo, mas também acabam por extravasar na saúde física.

Geralmente o estresse está ligado a situações marcadas por intensidade e frequência elevadas, seja no contexto pessoal, familiar e/ou profissional, e que podem favorecer que o sujeito chegue ao seu limite, e acabe por ter cada vez mais dificuldades para enfrentar o que antes era encarado de maneira menos sofrida. Existem diversos tipos de estresse (físico, psíquico, social, etc.), que na psicanálise podem ser compreendidos como um desgaste emocional frente aos conflitos psíquicos que ocorrem de forma repetida e que se ligam diretamente à angústia.
A angústia por sua vez está presente em situações de turbulência nas relações, em que há dificuldades inclusive em dar sentido para os momentos vivenciados, que correm o risco de cair em um vazio não nomeado. A angústia relaciona-se diretamente as perdas e ao desamparo afetivo, e é sentida por cada um de forma singular, podendo ter diferentes sinas e sintomas, conforme dito anteriormente, seja a partir de alterações de humor, tristeza chegando até as doenças do corpo físico pela somatização (doenças psicossomáticas).

Para diminuir a angústia, não basta retirar ou simplesmente sair das situações e do contexto que ganha o título de culpado pela situação (trabalho, relacionamento, etc.); isso porque haverá outras realidades, possivelmente semelhantes ao sujeito estava anteriormente, das quais ele será convocado a dar conta novamente. Caso essa angústia não tenha tido um espaço de escuta, significação e ressignificação, retornará de modo igual ou semelhante, já que a realidade psíquica do sujeito continuará idêntica ao que era no contexto anterior.
Assim, um do grandes objetivos do tratamento pessoal é o de reencontrar os sentidos para os sintomas que foram produzidos, bem como as próprias referências perdidas ou até mesmo desconhecidas para o sujeito, auxiliando a diferenciar também aquilo que é seu e aquilo que é do outro, e fornecendo ferramentas para que a pessoa possa se apropriar, de forma madura e responsável, das suas questões e escolhas.