Como evitar comer carne estragada

2015-04-10_190211
Carne. Foto: Divulgação

Com a Operação Carne Fraca rolando, estamos bem apreensivos quanto ao que comer. Então encontramos algumas dicas de como não comer carne estragada.

Datas de validade
Prefira produtos novos, ou seja, com datas mais próximas da produção do que do término do prazo de validade. “O tempo trabalha contra a conservação de todo alimento, mesmo dentro do período marcado na etiqueta”, diz o chef István Wessel, especialista em carnes.
O período de 60 dias de validade, muitas vezes usado por frigoríficos, só é adequado se a carne for mantida na temperatura ideal durante todo o tempo. “Quem garante isso? No supermercado, por exemplo, podem haver muitos acidentes de percurso, como quando o cliente desiste da carne na boca do caixa e ela permanece lá por horas”, diz Wessel.

Use o nariz
“Todo produto quando começa a se decompor, ou quando recebeu um tratamento químico, dá sinais para o nariz. A carne em condições normais não tem cheiro de nada”, diz Wessel. Ele ressalta que quando a peça é embalada à vácuo, o pacote tem um cheiro que deve desaparecer em dois ou três minutos. Caso contrário, há algo errado. Não se guie apenas pela cor, que pode ter alteração por diversos fatores.
Ao fazer compras no açougue em que a peça não costuma estar embalada à vácuo, peça para cheirar a carne antes de levar para casa. “Não deve haver constrangimento algum nisso”, diz Wessel.

Conservação em casa
Dias na geladeira de casa. “A temperatura do eletrodoméstico é de 7°C, 8°C, quando o ideal é até 4°C.” E, no freezer, não deixe que armazenamento passe de 30 dias. “O que temos em casa não é um congelador, que trabalha rápido, mas um conservador, que mantém o produto congelado. É diferente do industrial, onde a carne pode ser mantida por 90 dias”, explica Wessel.

Vencida X Contaminada
Diferentemente de alguns países que indicam o prazo de “consumo ideal”, o Brasil usa dados de validade. No caso da carne, em que há risco pra saúde, é o ideal. “Uma carne vencida não necessariamente faz mal a saúde. Mas, na dúvida, é melhor respeitar a data”, diz a bioquímica de alimentos Ellen Lopes.
De outro lado, há a contaminação, fato que depende totalmente da procedência do produto: das práticas no campo, do abate, do corte, da estocagem, da distribuição e da manutenção da temperatura. “Os regulamentos devem ser cumpridos. Há patógenos que não alteram a carne, mas podem causar diarreia, vômito e, em alguns casos, até levar a óbito”, diz Lopes. Por isso a importância de comprar em um local de confiança.