Com o calor, reaparece o perigo da taturana Lonomia

2015-04-10_190211

Das 20 ocorrências nos últimos oito anos, dez foram registradas em 2010. Nos anos subsequentes a média foi de dois casos por ano, sendo que em 2017 não houve registro de contato com a Lonomia

 

A taturana Lonomia aparece normalmente em grupo e são observadas em maior quantidade nos meses mais quentes.
A fase de lagarta desta mariposa dura 60 a 80 dias e é a que oferece perigo. As lagartas não são agressivas, ficam nos troncos e se alimentam das folhas nas copas das árvores durante a noite. Sua aparência imita o tronco das árvores, dificultando sua identificação. Durante o dia descem em bloco para as partes mais baixas, para repousar. Na época da transformação em pupa, elas procuram ficar próximas do solo e das folhas secas, provocando aí o maior número de acidentes.
Gostam de árvores silvestres como cedro, figueira do mato, aroeira e ipê, e de árvores frutíferas como ameixeira, pereira, pessegueiro e abacateiro. No contato com os espinhos das lagartas, surge dor e queimação seguida de vermelhidão, inchaço, calor, mal-estar, cefaléia, náuseas e vômitos. As manifestações com hemorragias internas podem aparacer entre 8 e 72 horas após o contato, por isso os casos de acidentes devem ser atendidos o mais rápido possível

A mariposa
As mariposas são insetos que constituem a fase adulta das lagartas. No caso do gênero Lonomia, elas são observadas em maior quantidade nos meses mais quentes, vivendo aproximadamente 10 semanas
Desde a postura dos ovos nas folhas e troncos das árvores, até a fase adulta, as mariposas passam por várias fases, porém neste gênero, somente a lagarta pode causar perigo às pessoas.

A lagarta
As lagartas (taturanas, orugas ou lagartas de fogo), medem de 6 a 7cm de comprimento, têm o corpo revestido de espinhos ramificados (semelhante a um pinheiro) dispostos ao longo do corpo. A cor geral é marrom-claro-esverdeada ou marrom amarelada, com três listras longitudinais de cor castanho-escuro.
Há uma pequena mancha branca de contorno irregular no dorso do terceiro segmento torácico. São larvas que vivem agrupadas, alimentando-se de folhas, durante a noite. Quando em bloco, imitam o tronco da árvore parasitada, descendo em bloco para as partes mais baixas onde repousam durante o dia. Na época da transformação da lagarta para pupa, elas procuram ficar próximas do solo e das folhas
Estas lagartas foram encontradas em árvores silvestres, como cedro, figueira do mato, ariticum, aroeira e ipê e em árvores frutíferas como ameixeira, pereira, pessegueiro e abacateiro. Elas podem viver um período que varia de 3 a 6 meses, dependendo da oferta de alimento e das alterações climáticas.

O perigo
Por ocasião do contato com os espinhos das lagartas, surge dor em queimação seguida de vermelhidão, inchaço, calor, mal estar , cefaléia, náuseas e vômito. As manifestações hemorrágicas podem aparecer entre 8 a 72 horas após o contato, sendo as mais comuns manchas escuras pelo corpo, sangramento pelo nariz, gengivas, urina e em ferimentos recentes. Os casos mais graves podem evoluir para insuficiência renal aguda e morte.

Prevenção
Prestar atenção nos troncos das árvores e na grama ao redor.
Observar se as folhas das árvores estão roídas.
Observar se existem pupas ou fezes no chão.
Utilizar camisas de mangas longas e calças nas atividades rurais.

Cuidado
Quando for coletar alguma lagarta para identificação, faça somente com as mãos protegidas com luvas grossas e com pinças.

Em caso de acidente, o que fazer
As vítimas de acidentes por lagarta devem ser encaminhadas imediatamente para Unidades de Saúde, onde serão tratados conforme sintomas e gravidade. Para o tratamento são realizados exames laboratoriais e utilizados, se necessário, soro antilonômico;
Levar consigo algumas lagartas em frasco fechado, porém com ventilação e algumas folhas de planta para alimentação dos insetos.