Cientistas criam teste para fertilidade masculina que pode ser feito em casa

2015-04-10_190211
Novo teste para infertilidade masculina é rápido, fácil e altamente preciso

A partir de um smartphone – com um dispositivo anexo – podem ser analisadas amostras de sêmen, unindo baixo custo, rapidez e praticidade

Um novo teste de fertilidade masculina que pode ser feito em casa e com a ajuda de um smartphone foi desenvolvido por pesquisadores americanos. De acordo com o artigo publicado pela revista “Science Translational Medicine” no último dia 22, a testagem é rápida (o resultado sai em segundos), prática e barata: o acessório conectado ao celular custa US$ 4,45 (cerca de R$ 14).
A novidade, desenvolvida por especialistas do Brigham and Women’s Hospital (BWH) e do Massachusetts General Hospital, em Boston, quantifica a concentração de espermatozóides e sua mobilidade. Até então, esse tipo de teste precisava ser feito em um hospital ou clínica, contando com o auxílio de técnicos para operar equipamentos de alto custo, com dias ou semanas de espera pelo resultado.
Segundo Hadi Shafiee, um dos pesquisadores do BWH, o estudo vinha buscando uma solução para tornar os testes de infertilidade masculina tão simples e acessíveis quanto os testes de gravidez em casa. Ele explica que o fato de os homens precisarem fornecer amostras de sêmen em quartos de hospital ou laboratórios gera, em muitas vezes, uma situação constrangedora: alguns experimentam pessimismo ou mesmo e decepção.
Em geral, os exames clínicos que vêm sendo feitos são laboratoriais, e além de subjetivos, são consideravelmente demorados. Já o teste desenvolvido pelo estudo concentra diversas vantagens, que incluem o baixo custo e a alta precisão.
Para testar o novo acessório para celular e sua efetividade para estabelecer resultados foi necessário analisar 350 amostras, referentes a dez voluntários, com uma precisão de 98% para detectar baixa concentração de espermatozóides e/ou baixos níveis de mobilidade.
Vale ressaltar que 40% dos casos de infertilidade são atribuídos ao homem, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a questão atinge mais de 45 milhões de casais no mundo.