Capoani enaltece manutenção da cogestão e trabalhará para flexibilizar setores afetados

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Assim, os setores produtivos mantêm suas operações, incluindo também o comércio e os serviços, embora de forma mais limitada

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) enalteceu a postura do governo em manter, após um dia de intenso debate com associações representativas de municípios, o sistema de cogestão no modelo de Distanciamento Controlado.

A decisão do governador Eduardo Leite, anunciada no final da tarde de segunda-feira (22), permitiu à Serra adotar, ainda que sob a manutenção da bandeira preta, protocolos menos restritivos da bandeira vermelha.

Assim, os setores produtivos mantêm suas operações, incluindo também o comércio e os serviços, embora de forma mais limitada. “Vemos como positiva a manutenção da cogestão, o que demonstra como o governo está aberto ao diálogo, à construção de caminhos que vão ao encontro do desejo da sociedade”, elogia o presidente do CIC-BG, Rogério Capoani.

É através desse canal comunicativo e democrático, também, que o CIC-BG agirá para flexibilizar o trabalho em todos os setores, de modo que eles possam atuar de forma plena. “O resultado não foi o ideal, gostaríamos que todos pudessem realizar seu trabalho nos horários mais convenientes para cada atividade, pois nossa atuação é em defesa da manutenção do trabalho integral, seguindo os protocolos sanitários. Nós entendemos a gravidade do momento e que ainda precisamos passar por alguns sacrifícios, e abrimos um canal importante de comunicação com o governador, associações representativas municipais e prefeitos para que possamos continuar o trabalho para conseguir a flexibilização de todas atividades”, considera Capoani.

Um dos resultados que desagradou à entidade por conta das restrições à circulação de pessoas em todo o Estado foi a ampliação do horário da suspensão geral de atividades não essenciais, anunciada ainda na sexta-feira (19). Para manter a cogestão, o governador antecipou em duas horas o horário da paralisação das atividades. Antes, elas ocorreriam a partir das 22h, agora passam a ser das 20h às 5h. A medida começa a valer a partir desta terça-feira e se estenderá até o dia 2 de março.

Para Capoani, isso traz um grande prejuízo para estabelecimentos como bares e restaurantes, além de quadras esportivas e afins. “Restringe muito uma função que tem no público a garantia de movimento, impactando nas receitas desses estabelecimentos. Torcemos para que eles busquem alternativas dentro desse contexto, pois ele é temporário. Já nesta quinta vamos debater isso, através da interlocução da Amesne, na reunião já marcada entre o governador e a Famurs”, comenta Capoani, que também colocará na pauta a volta às aulas. “Tínhamos uma aprovação da volta integral às aulas, observando critérios de segurança, e vamos retomar isso, porque lugar de criança é na escola e a educação também é saúde”, diz. Por ora, apenas educação infantil e 1º e 2º anos do ensino fundamental terão atividades presenciais.

Conforme o decreto do governador, estabelecimentos de atendimento ao público, reuniões, eventos, aglomerações e circulação de pessoas tanto em áreas internas quanto externas, em ambientes públicos ou privados, devem estar fechados, sem público ou cliente.

As exceções, incluindo atividades industriais noturnas, são farmácias, hospitais e clínicas médicas, serviços funerários, serviços agropecuários, veterinários e de cuidados com animais em cativeiro, assistência social e atendimento à população vulnerável, hotéis e similares, postos de combustíveis e estabelecimentos dedicados à alimentação e hospedagem de transportadores de cargas e de passageiros, estabelecimentos que funcionem em modalidade exclusiva de tele-entrega e Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa).

O CIC-BG reforça que esse é um momento de todos os segmentos da sociedade estarem juntos de forma ainda mais unida no combate à doença, cumprindo os protocolos sanitários. “Evitar aglomerações ainda é, sim, uma prática de prevenção e conservação da saúde das pessoas. Em conjunto com essa responsabilidade, que é de toda população, aparece o papel dos gestores públicos, profissionais da saúde, entidades, federações de classes e MP Estadual e Federal na busca contínua e, principalmente, na aplicação prática de tratamentos preventivos e alternativos, juntamente com a execução ágil e eficaz dos programas municipais e estadual de vacinação. É fundamental que as pessoas procurem o breve diagnóstico em caso de suspeita de Covid-19 e iniciem o tratamento imediato”, ressalta o presidente do CIC-BG.