Prática pode trazer até mesmo prejuízo aos agricultores
Na última sexta-feira (15) foi lançada uma campanha contra a pirataria de sementes, que podem inclusive disseminar doenças e pragas. A Apassul (Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do RS) tomou a iniciativa para evitar que os agricultores tenham prejuízos nas safras.
“Com esta campanha, queremos, principalmente, fomentar o uso de sementes certificadas e lembrar que sementes piratas podem trazer grandes prejuízos aos agricultores”, comentou o diretor administrativo da associação, Eduardo Loureiro da Silva.
Utilizar sementes ilegais é crime (Lei de Proteção de Cultivares -Lei 9.456/97)e o infrator está sujeito a penalidades que vão de dois a cinco anos de detenção, mais multa. Esses produtos, em suas formas piratas, não apresentam padrões de qualidade e fitossanidade, são potenciais disseminadoras de doenças, ervas-daninhas e pragas. Em grande escala, pode haver aceleração da degeneração das variedades.
Sementes certificadas
A semente certificada tem controle de gerações, ou seja, é possível saber quantas vezes a cultivar foi multiplicada após ter sido liberada pelo melhorista que a desenvolveu, por causa da garantia da cultivar. É importante controlar/limitar gerações, pois está comprovado que, na maioria dos casos, a semente de espécies autógamas entra em processo de degeneração após a quinta geração.
Ela ainda possuem padrão de qualidade garantido, que é determinado em amostras coletadas e analisadas em Laboratório de Análises de Sementes credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Outra vantagem é que esses produtos oferecem nota fiscal, ou seja, caso haja algum problema, o produtor pode reclamar seus direitos. Por último, ela leva a melhor inovação tecnológica, portanto é o que há de melhor em qualidade e em pesquisas.