Caixa reduz créditos para quem ganha acima de R$4 mil e foca no projeto Minha Casa, Minha vida

2015-04-10_190211

A Caixa Econômica Federal (CEF) tem anunciado neste ano diversas mudanças em relação aos financiamentos de imóveis usados. Uma das últimas foi a exigência de 50% (ante 30%) de entrada para imóveis usados com recursos do SBPE (caderneta de poupança), em setembro. Naquele mês, a CEF também adotou um sistema de dotação mensal que tornou a liberação dos recursos mais lenta.
Com o objetivo de ter mais capital próprio para sustentar suas carteiras de crédito até 2019, o banco admite que busca restringir o crédito para clientes que compram imóvel usado e têm renda acima de R$ 4 mil.
A ordem é priorizar linhas voltadas para a habitação social como o Minha Casa, Minha Vida, que utiliza recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e juros mais baixos. Na última semana, a Caixa anunciou a liberação de R$ 8,7 bilhões para dar continuidade a contratos de crédito imobiliário até o fim do mês.
Segundo Guilherme Tagliari , sócio-proprietário da Incorporadora MGF, a mudança do percentual exigido de entrada de 30% para 50% nos imóveis usados é positiva. “A medida fomenta a compra do imóvel novo, gerando novos negócios e consequentemente mais emprego e renda”, avalia.
“O banco é o principal parceiro da MGF e através da CEF, lançamos de empreendimentos nas cidades de Nova Prata, Flores da Cunha e Antônio Prado, todos com enorme sucesso”, relata. Para ele, o cenário atual é de retomada. “As vendas melhoraram a partir do início do segundo semestre e a expectativa para 2018 é de crescimento. Acompanhando essa tendência, a MGF chega em Bento Gonçalves com previsão de lançamento de 240 apartamentos nos próximos 12 meses. O primeiro será o Horus Residencial. Serão 60 apartamentos de dois dormitórios no bairro Humaitá, que também contará com financiamento da Caixa através do programa Minha Casa Minha Vida”, conclui.

Medidas já adotadas pela Caixa em 2017

-Redução de 30% para 50% o limite de financiamento de imóveis usados
-Encerramento da linha pró-cotista do FGTS, a mais barata depois do Minha Casa, Minha Vida
(Tem previsão de retorno somente em 2018, com um orçamento de R$ 5 bilhões, mais limitado que nos anos anteriores)
-Limites mensais na liberação do crédito imobiliário
-Não reduziu juros, sendo o único banco a não considerar cortes da taxa Selic