O ano de 2018 deve começar novamente com incertezas para os pais que pretendem buscar vagas nas creches municipais. A dúvida é se o governo municipal vai conseguir cumprir a determinação do Plano Nacional de Educação, caso ao contrário, ter que buscar os direitos da criança na Justiça.
Ainda que a prefeitura afirme que já superou as metas nacionais, que determinam que 50% das crianças estejam matriculadas nas creches, mais de 500 crianças estão na fila de espera. E por causa da falta de escolas públicas para atender a demanda, as vagas particulares compradas terão o mesmo número que em 2017 (500), significando que mais 500 crianças estarão desatendidas, segundo levantamento do Conselho Tutelar. Os vereadores, eleitos pelos pais destas crianças aprovaram a LDO para o próximo ano, assim mesmo, sem contemplar aumento de vagas em creches.
O Conselho Tutelar conseguiu uma reunião com a Promotoria regional em Caxias do Sul, para expor a chaga que a promotoria de Bento está cansada de sabe. Ao que parece, ao menos as crianças da fila serão posicionadas. Como a Gazeta tem noticiado há muitas edições, a crise na educação se estende à todas as faixas etárias e em todos as esferas (IFRS, em junho; greve dos professores estaduais e situação da escola Cecília Meireles em outubro). A história das creches municipais também vem sendo relatada na Gazeta, sem sensibilizar as autoridades competentes. Enquanto isso, mães deixam de trabalhar ou precisam pagar do bolso, restando o mínimo para o sustento da casa.