Busca pelo seguro-desemprego tem queda de 10,20% em 2021

2015-04-10_190211
O comércio foi o setor que mais fechou postos de trabalho, somando 51 vagas encerradas

Mesmo com números menores, taxa de desocupação ainda é alta no Brasil

O ano de 2021 foi considerado de recuperação econômica e social, após as flexibilizações relacionadas à pandemia de Covid-19, iniciada em 2020, atrelada ao avanço das campanhas de vacinação contra o vírus pelo Brasil. E mesmo que o caminho seja longo para uma estabilização, no que se refere aos empregos de carteira assinada, um dado fortalece o conceito de “dias melhores”.

Os pedidos de seguro-desemprego registraram uma queda de 10,2% em 2021 em relação ao ano anterior, marcado pelo fechamento de muitas empresas e queda na arrecadação de diversos negócios pelo país. Foram 6,08 milhões de requerimentos no ano passado ante 6,78 milhões em 2020.

Apesar de os números terem voltado ao patamar da pré-pandemia, no entanto os últimos dois meses de 2021 tiveram alta. Em dezembro, houve 481,4 mil solicitações, um aumento de 13% sobre o mesmo período de 2020, com 425,7 mil. Mas o recorde de requerimentos foi registrado em maio de 2020, com 960.308, a maior marca da série histórica.

De acordo com os últimos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no acumulado de janeiro a novembro de 2021, o saldo é de aproximadamente 3 milhões de vagas de emprego criadas.
No entanto, o Caged tem se mostrado defasado após as atualizações. Somente em 2020, as revisões mostram que foram cortados mais de 190 mil postos de trabalho com carteira assinada, ante 142.690 contratações anunciadas inicialmente.

Mesmo com a melhora dos índices, o desemprego se mantém alto, com 12,9 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Segundo o IBGE, a taxa de desocupação (12,1%) caiu 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho de 2021 (13,7%) e recuou 2,5 pontos em comparação ao mesmo trimestre móvel de 2020 (14,6%).