Brasileiros que ingerem álcool vivem nove meses menos

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O consumo excessivo de álcool é responsável por 1,3% dos gastos com saúde no Brasil. Foto: Pexels

Mulheres são as que mais consomem bebidas alcoólicas

A expectativa do brasileiro que ingere bebida alcoólica pode ser quase nove meses menor nos próximos 30 anos, segundo estimativa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), levando o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 1,3% ao ano. Isso deve acontecer devido a complicações de doenças e lesões provocadas pelo consumo de álcool, caso mulheres bebam mais de um drink por dia e homens um drink e meio.

De acordo com estimativas do relatório em que analisa 52 países, a OCDE afirma que o Brasil não é um dos países com maior número de pessoas que consomem bebida alcoólica. Entretanto, entre os que bebem, a quantidade é expressiva. O consumo per capta de álcool anual no Brasil é de cerca de 7,4 litros, menor do que a média de países desenvolvidos, que é de 10 litros.

Entretanto, entre as pessoas que bebem com frequência essa quantidade chega a cerca de 19,8 litros ao ano, enquanto nos países mais ricos é de 15,4 litros. Entre os que bebem habitualmente no país, as mulheres são as que mais consomem bebida alcoólica, com uma média anual de 30 litros, enquanto os homens ingerem em torno de 10 litros.

Consequência na saúde
De acordo com a organização, o consumo excessivo de álcool é responsável por 1,3% dos gastos com saúde no Brasil, uma estimativa de R$ 727,2 bilhões. Isso corresponde ao dobro do dinheiro investido na saúde pela Bélgica. Além de gerar benefícios à saúde do brasileiro, apostar em medidas para incentivar o consumo consciente também pode trazer bons resultados à economia.