Brasil é o país com mais informações roubadas de cartões

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Saiba o que fazer e como se proteger nas suas compras virtuais

Durante a pandemia do coronavírus a estatística de estelionato virtual disparou no Brasil. De acordo com o Relatório Anual 2020 de Atividade Criminosa On-line no Brasil, elaborado pela empresa de cibersegurança Axur, em 2020, o país foi campeão em vazamentos de dados de cartões, acumulando sozinho 45,4% do total de casos registrados no mundo, distante do segundo colocado, os EUA (34,3%).
Ainda de acordo com o levantamento, dentre as dez instituições financeiras com maior número de vazamentos, sete são brasileiras. Dentre os principais fatores que levam o país a esse patamar se destaca pela popularização de meios digitais entre uma população grande, com um número maior de potenciais vítimas.
Segundo especialistas, com planos pré-pagos, ter um celular com internet se torna algo bastante acessível. Então, há um grande público-alvo para esses ataques. As pessoas clicam em links sem receios.

A maior parte das fraudes envolvendo cartões acontece na internet.
Banco é responsável
Em sua maioria, a clonagem ocorre por phishing, quando o consumidor é levado a entrar em um site falso e a inserir dados sem se dar conta do golpe. Ao ter o cartão clonado, o cliente pode exigir da instituição financeira o ressarcimento das compras que não reconhece.
De acordo com o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Marchetti, o banco tem o dever de garantir a segurança de sua prestação de serviços. “O ideal é que, ao perceber o vazamento, o consumidor procure imediatamente o banco e cancele a menção a esse pagamento, para que não conste nas próximas faturas”, explica.
O prazo para que o banco avalie a fraude e dê resposta ao cliente é de cinco dias úteis.
O que faz a vítima?
Depois que o cartão for clonado, deve-se agir rápido. Por isso, é recomendado que o cliente ative a opção de receber SMS no celular a cada compra feita. Assim, se houver fraude, poderá ser avisado de imediato.
Saiba como não se tornar vítima desse tipo de crime
Cuidado com seus dados: Não dê as informações do seu cartão de crédito a terceiros.
Risque o código: Os três dígitos que, em geral, estão no verso do cartão são usados apenas para compras virtuais. Para sua segurança, risque esse código e guarde-o em outro local.
Use cartão virtual: Para compras pela internet, há a possibilidade de usar cartões virtuais, disponibilizados pelo próprio aplicativo do seu banco. Na maioria das instituições, esse cartão on-line tem validade para uma única transação.
Cuidado com sites falsos: A maioria dos vazamentos ocorre por meio de sites falsos que imitam outros verdadeiros (phishing). O layout costuma ser muito semelhante para não gerar desconfianças. A diferença está apenas na URL (www.algumsite.com). No entanto, nem todo mundo atenta para isso porque pelo celular é difícil conferir o endereço completo da página.
Para não cair no golpe, prefira acessar o site de compra pelo computador e tenha certeza de que se trata do original.
Não clique em links suspeitos: Outra modalidade para aplicar golpes é o malware. Ao clicar em um link suspeito recebido por e-mail ou em redes sociais, uma espécie de robô é instalado em seu dispositivo. Ele passa a “gravar” seus movimentos na internet e, dessa forma, consegue ter acesso às suas credenciais de bancos e aos dados do seu cartão de crédito. Nessa armadilha, o volume de dados captados é bem maior.