Em 56 anos, apenas 8 mulheres se elegeram em Bento Gonçalves e mais duas suplentes ocuparam o cargo. Cinco cidades vizinhas elegeram representantes do sexo feminino.
Bento Gonçalves tem 17 vagas na Câmara de vereadores, mesmo assim nenhuma mulher conseguiu se eleger.
Desde 1964, apenas 8 mulheres foram eleitas como representantes do povo no legislativo em Bento Gonçalves, sendo que Neilene Lunelli foi eleita para o cargo por duas vezes. Selma Schiedeck e Alzira Rossini foram suplentes por curtos períodos.
Alzira foi suplente de Neilene e Selma foi suplente de Mário Gabbardo.
Moisés Scussel, quando Presidente da Câmara em 2017, inaugurou uma galeria de fotos das ex-vereadoras de Bento Gonçalves “para demonstrar a importância da participação feminina no legislativo bento-gonçalvense”. Parece que o feito não sensibilizou ninguém.
Bento Gonçalves teve sua primeira vereadora em 1964, quando, aos 27 anos de idade, Mafalda Neis conquistou uma vaga. Iniciava-se uma era, ou acreditava-se.
Depois dela, Mercedes Cavalet, que foiprimeira a conseguir reeleger. Aindaforam eleitas Volida Dalla Coletta, Angela Ozelame, Vitória Salton Liguori, Eneiva Cristofoli, Elisabeth Stefenon e Marlen Pelicioli Ballotin.
A legislação obriga a todos os partidos que lancem candidatos a vereadores e cumpram a cota de 30% de mulheres. Mas parece que a cota, continua sendo somente “cota”.
Nas urnas da de Bento Gonçalves, diferentemente das cidades vizinhas, as mulheres continuam sendo apenas figurantes, apesar de algumas até conseguirem alguns centenas de votos, mas sem legenda que as legitime.
