Banco Central revela que Real Digital será realidade

2015-04-10_190211
real digital

Previsto para 2024, o real digital não será criptomoeda poderá ser convertido em cédulas, um código  indicará valores

O volume de negociações de criptomoedas cresceu 417% no Brasil em 2021 se comparado ao ano anterior. Ao todo, o mercado cripto tupiniquim movimentou nada menos que R$ 103,5 bilhões (mais de US$ 21 bilhões na cotação atual). Os dados são parte de um levantamento anual efetuado pela plataforma CoinTrader Monitor.

Com os ativos digitais caindo no gosto dos brasileiros, o setor também despertou o interesse do governo, que está cada vez mais perto de apresentar o Real Digital, que será uma CBDC — “Central Bank Digital Currency“, ou Moeda Digital Emitida pelo Banco Central. Sem contar com a regulamentação dos criptoativos, que também segue caminhando no Congresso.

Real Digital

Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o Real Digital pode sair do papel ainda este ano.  

Entre as vantagens apontadas estão: mais facilidade de realizar pagamentos, especialmente entre países diferentes, sem necessidade de conversão, e a possibilidade de identificar crimes financeiros, que frequentemente ocorrem no meio das criptomoedas.

Como funcionará a moeda digital brasileira? 

Na prática, uma CBDC é uma versão digital da mesma moeda oficial de um país, que poderá ser usada para fazer tudo o que o dinheiro normal já faz, ou seja, desde compras, reserva financeira e diversos outros fins.

Aproveitando que as criptomoedas estão em alta, outra proposta da moeda, que será emitida a princípio pelo próprio Banco Central, é oferecer mais segurança aos usuários, sem correr os riscos de investir em ativos mais voláteis como o Bitcoin.

Milhões de brasileiros investiram em criptomoedas

Estimativas apontam que cerca de cinco milhões de brasileiros possuem algum tipo de criptomoeda, reforçando a popularidade das moedas digitais por aqui. Como comparativo, segundo o Cointelegraph, esse é o mesmo número de pessoas físicas que investem atualmente na B3 (Bolsa de Valores do Brasil). 

No entanto, há uma diferença notável: enquanto a bolsa demorou cerca de cinquenta anos para alcançar o número, o mercado cripto conseguiu o feito em só cinco anos.