CDL divulgou dados que mostram que a dívida ultrapassa R$ 11 milhões
O número de inadimplentes chegou a 18% em 2016 em Bento Gonçalves. Os dados foram divulgados pela Câmara de Dirigentes Logistas, DL-BG, que evidenciou algo preocupante. Os números foram comentados na última terça-feira, 14, pelo presidente da entidade, Marcos Carbone. A dívida ultrapassa os R$ 11 milhões, valor acumulado dos últimos cinco anos, que está empenhado no comércio em razão da inadimplência do consumidor. Na comparação com 2015, o montante da dívida cresceu 18,23%.
Na contramão, o número de registros caiu 4%. Isso significa que menos pessoas estão vendo mais, trazendo o alerta para os lojistas serem cada vez mais rigoroso na análise e concessão de crédito, evitando maus negócios. De acordo com Carbone, a análise precisa ser criteriosa.
“É importante consultar o cpf do cheque, e quanto mais tempo registrar, mais rápido é a recuperação de crédito. Sempre que o comércio faz um a venda sem estudar o perfil do cliente está assumindo o risco do prejuízo”, explica. De todos os CPFs consultados em 2016, 30% apresentaram alguma restrição de crédito, sinalizando ao lojista cuidado na hora de negociar com o cliente.
O perfil dos inadimplentes
O valor do ticket médio que fica inadimplente em Bento está entre R$ 50 e R$ 250, representando aproximadamente 70% dos registros. Os dados também evidenciam que mulheres devem mais na modalidade de crédito: elas respondem por aproximadamente 65% das contas não quitadas. Já os homens assinam 75% dos cheques que não podem ser descontados por falta de saldo. A faixa etária que concentra o maior volume de inadimplentes é de 30 a 49 anos (com mais de 55% dos registros).
Aumentou número de devedores em 2016
A retração econômica que pautou as editorias de economia no último ano teve seu reflexo, também nos números da inadimplência em Bento. O valor da dívida registrada no SPC de janeiro a dezembro de 2016 foi 31% maior do que os números contabilizados no mesmo período de 2015. “Em 2016, o número de indivíduos que conseguiram sair da situação de inadimplência foi de 45% maior do que o registrado em 2015”, afirma.