Apreensão de armas em Bento já supera primeiro semestre de 2017

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Quatro armas foram apreendidas pela Brigada Militar na última semana. Dois revólveres na noite de quarta-feira (18) e, na tarde de quinta-feira (19), uma pistola e um revólver. Com isso, o total de armas apreendidas em 2018 no município chega a 29. O número já é superior ao primeiro semestre do ano passado. Em termos de comparação, em 2017 foram apreendidas 32 armas e, em outubro passado, o índice chegava apenas a 26.
De acordo com o major Álvaro Martinelli, do 3° Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3°BPAT), o número é preocupante. “Estamos falando sobre armas na mão de bandidos. Não são casos de ‘era alguém que estava sem a posse ou com problemas de documentação’”, ressalta.
Segundo dados da BM, Bento é responsável por grande parte das apreensões na região de policiamento do 3° BPAT, que registrou 46 apreensões até o fechamento desta edição.

Crimes em Bento
Na análise de Martinelli, Bento Gonçalves não possui um problema específico de crime. “A cidade se caracteriza pela dinamicidade. O crime que eu tenho hoje pode não ser o mesmo de amanhã. Na semana passada, tivemos o derrame de notas falsas. Há poucos dias chegamos a ter três homicídios em um dia. Não podemos dizer que é um crime pontual, que é homicídio, que é tráfico de drogas”, explica. “Posso conseguir dados desde que o município foi criado e não teve um ano que o número de homicídios baixou. Em alguns anos, ele até se manteve no mesmo índice. Dá para se contar nos dedos as regiões e cidades que tiveram, ao longo dos anos, redução de crimes de homicídio, que é aquele crime pontual, que todo mundo vê”, acrescenta.
O major salienta que é importante que a vítima de qualquer crime faça registro de ocorrência. “Nós temos problemas de crimes que não são registrados. Pessoas que pensam que não adianta fazer boletim de ocorrência. As nossas ações são pautadas com indicadores. Você vai agir pontualmente no bairro, no horário e na região que está acontecendo esse tipo de crime. A gente procura combater o que está com o índice mais alto”, registra Martinelli.

Tecnologia
O major ainda comentou sobre a relevância da tecnologia no combate à criminalidade, citando o Centro Integrado de Operações, inaugurado no final de 2017. “O que a gente sempre deixou bem claro é que o centro integrado é só a primeira porta em termo de tecnologia. Se não integrar outros meios a ele, vai se tornar obsoleto. Estamos conversando com o empresariado, com a prefeitura para se expandir os locais de observação e discutindo quais as melhores câmeras”, constata. “O nosso problema de roubo a pedestre na Osvaldo Aranha, por exemplo, não é possível colocar 20 brigadianos na hora da ocorrência, mas o ideal é monitorar através da tecnologia”, conclui.

Apreensões
2017                2018
Jan: 1                  2
Fev: 2                 12
Março: 6            6
*Abril 2              9
*dados até dia 19