Amamentar não é só sobre alimentar

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Mas, além das necessidades fisiológicas, a amamentação também é alimento emocional

O leite materno é o principal alimento para os bebês até um ano de idade e nele existem mais de 200 componentes essenciais para a saúde do pequeno.
A nutrição, no entanto, não é a única função da amamentação, pois ele também fornece outros benefícios que são igualmente essenciais.

Importância da amamentação
Além alimentar, o leite também serve para acabar com a sede do bebê.
“O primeiro leite que sai é bastante aquoso e, por isso, muitas vezes o bebê quer mamar não por que está com fome, mas por que está com sede”, explica a pediatra Dra. Luciana Herrera, especialista em amamentação e educadora no grupo Aninhare, de Ribeirão Preto.
O sono é outro motivo pelo qual o bebê pede peito. A sucção, a temperatura da pele da mãe e o contato próximo com o barulho do coração são características que deixam o bebê mais tranquilo e, consequentemente, facilitam que ele pegue no sono.
Mas, além das necessidades fisiológicas, a amamentação também é alimento emocional.
Um bebê passou a grande parte da sua vida até então dentro do útero e se adaptar à vida externa, além de muito aprendizado em pouco tempo, envolve também descobertas que, muitas vezes, causam medo e insegurança.
“A mamada é o momento em que o bebê está bem pertinho da mãe, quentinho, sentindo a pele dela e ouvindo o barulho do coração, sensações que remetem à segurança do útero que ele tinha até então”, comenta Dra. Luciana.

É exatamente por isso que o bebê mama também para:
• Matar a saudade do útero
• Não se sentir sozinho
• Quando está com medo
• Ou se sentindo inseguro
“A gente lembra tudo isso para dizer que a mãe não tem que ficar marcando a hora que o bebê vai para o peito e quanto tempo fica. Em cada mamada, ele precisa de uma coisa e de um tempo. Então, a amamentação tem que ser em livre demanda, o peito tem que ser oferecido sempre que o bebê pedir”, defende a pediatra.

De quanto em quanto tempo o bebê deve mamar?
Não é possível negar, no entanto, que além de um ato de doação de amor, a amamentação também é um processo difícil, que requer paciência e abdicação de muitas coisas. Mas, o primeiro trimestre é o mais difícil. Depois, a mãe e o bebê criam sua própria rotina.
“Os primeiros três meses são muito intensos. O bebê está se adaptando, aprendendo. Conforme cresce, ele melhora a capacidade de sucção e começa a dar intervalos maiores”, tranquiliza a pediatra.
É exatamente essa necessidade de mamar muitas vezes que leva algumas mulheres a acharem que o leite materno pode ser fraco.
“O bebê não vai mamar de três em três horas. Tem mãe que espera que isso aconteça desde o nascimento e não vai acontecer. Ele vai solicitar em um intervalo muito menor e não é por que o leite é fraco, mas por que ele ainda está aprendendo a sugar e precisa muito mais do que só o alimento”, reforça Dra. Luciana.