Alunos voltam às aulas em Escola de São Pedro

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Escola de São Pedro ficará aberta em 2017

Ameaça de fechamento não foi adiante e as aulas recomeçaram nesta segunda-feira, 06

A decisão de fechamento da Escola Estadual de São Pedro foi revertida na última sexta-feira, 3, em reunião com o Ministério Público. A audiência começou às 15 horas, e com a pressão da comunidade, a 16ª Coordenadoria de Educação voltou atrás da decisão inicial de fechamento da instituição. Admitindo que o processo transcorria de forma ilegal, representantes da 16ª CRE concordaram em deixar a escola em funcionamento. O conselheiro tutelar, Leonides Lavinick, reforça que o possível fechamento não havia sido aceito pelos pais e que o processo realmente era ilegal. Ele ressalva, no entanto, que existe riscos de que o educandário feche às portas em 2018.
“Por lei o processo não foi legal, e com a pressão popular a 16ª voltou atrás. Em março do próximo ano, no entanto, existe o risco da escola fechar, porque eles devem continuar com o movimento para tentar encerrar as atividades na escola”, diz. A principal justificativa, segundo Lavinick, é de falta de verba.
“A questão financeira é o principal ponto, e tem o problema ainda da falta de professores e de merendeira. Hoje são 16 alunos, mas apenas nove estão matriculados, devido ao medo que os pais tinham de que a escola realmente fosse fechada”, lamenta.
O conselheiro tutelar esboça preocupação com os recentes casos de fechamentos de turmas escolares. “Quando vemos que estão fechando turmas ou nesse caso, que existiu o movimento para fechar uma escola, ficamos muito tristes. Isso me faz pensar que estamos regredindo e não progredindo”, comenta.
A reunião ocorreu no auditório do Ministério Público. Durante o encontro inúmeras pessoas relataram os motivos porque não queriam o fechamento da escola. Apenas nove alunos estudam na São Pedro mas, mesmo assim, os pais lutaram pela permanência do ensino próximo a suas casas.
Na quarta-feira, 1º de março, familiares dos alunos fizeram uma manifestação em frente à escola para evitar que ela fosse fechada. O promotor Elcio Meneses foi acionado e quis ouvir da 16ª CRE os motivos para o fechamento da unidade de ensino. Com a pressão popular, os representantes da 16ª CRE anunciaram que cancelariam o fechamento da escola.