Afinal, existe “Depressão de fim de ano”?

2015-04-10_190211

As festas de final de ano nem sempre representam somente alegrias… para alguns, o Natal e Ano novo são sinônimos de tristeza, frustração, etc., já que são momentos em que certas situações mais difíceis podem acabar sendo revividas, como por exemplo, conflitos familiares, lembranças doloridas dessa mesma época no passado, solidão e até mesmo decepção consigo mesmo pelo não cumprimento das promessas feitas no início do ano que se passou. O problema não está em reviver essas situações mais doloridas, nem em fazer uma “autoanálise” daquilo que foi prometido versus o que foi cumprido ou não. A grande questão é quando tudo isso se repete, ano após ano, da mesma forma, e a falta de ações que possam auxiliar na tomada de consciência e consequente mudança.
Ficar na espera e depositar para o ano novo e para o amanhã a responsabilidade de mudanças é pouco ou nada eficaz, bem como ficar somente se torturando pelas insatisfações consigo mesmo e com os outros. Afinal, as mudanças somente podem ser iniciadas e realizadas primeiramente pelo movimento do próprio sujeito. Em tempos de exaltação da felicidade, que acaba aparecendo como “item de série obrigatório”, ouso dizer que essa tristeza de final de ano- quando pontual- não é de todo o mal, já que proporciona ao sujeito revisitar as suas questões, e assim identificar pontos a serem revistos e melhorados.
Nesse momento, como você avalia cada área da sua vida: pessoal, amorosa, de saúde, familiar e profissional? Existem muitas repetições nas dificuldades dessas áreas? Se sim, você deve ficar atento, pois isso significa que, de alguma forma, você segue fazendo as mesmas escolhas (amorosas, de relacionamento interpessoal, cuidados pessoais ou falta de, profissionais, etc.) e consequentemente tendo os mesmos resultados de pouca ou nenhuma satisfação.
Como diz a célebre frase de C.G. Jung “Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chama-lo de destino”, a psicoterapia propõe-se justamente e também a isso, a partir do descortinamento do inconsciente, refletindo assim e diretamente na sua responsabilidade perante as escolhas.