Ao longo dos anos, houve uma redução percentual de vítimas fatais em decorrência de acidentes, de mais de 73% levando em conta os 30 mortos em 2009 e os oito em 2018
O Trânsito é um dos grandes problemas da segurança pública e deve ter a atenção necessária da gestão dos Estados e Municípios. No ano de 2018 em Bento Gonçalves foram registrados oito acidentes e vítimas fatais, o que representa uma redução de 38,46% em relação a 2017.
Enquanto em 2018 houve uma redução dos índices, o ano de 2019 não demonstra um bom cenário, já que ainda na metade do ano, o número de mortos em acidentes no Município já se iguala ao número de todo o ano passado.
De acordo com o Delegado da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Bento Gonçalves, Arthur Hermes Reguse, até o momento: “Contabilizando 08 casos de registros de homicídios culposos, em acidentes de transito, desde janeiro de 2019”.
O Código de Trânsito Brasileiro, tipifica o homicídio culposo no artigo 302, que define: “Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor” .
As causas do homicídio culposo são norteadas pela negligência, imprudência ou imperícia.
Histórico em Bento
O Detran-RS forneceu ao Jornal Gazeta os dados de vítimas e acidentes fatais nos últimos 10 anos. Confira os números de Bento Gonçalves:
Em 2009, foram registradas 30 mortes em decorrência de 26 acidentes, sendo nove delas decorrentes de atropelamentos.
Em 2010 houve uma redução, em todo o ano, foram registradas 24 mortes sendo cinco delas por atropelamento e cinco de colisão lateral, em 22 acidentes.
O ano de 2011 foi marcado por uma redução ainda maior dos índices, 50% menor que as vítimas fatais de 2009, somando 15 vítimas de 14 acidentes, a maior parte em decorrência de colisões laterais.
Em 2012, houve um aumento de 13,33% das vítimas fatais em relação ao último ano, 17 vítimas do mesmo número de acidentes, sendo seis delas atropeladas.
Os anos de 2013 e 2014 tiveram o mesmo número de vítimas fatais, 16, entretanto em 2013 as vítimas foram de 16 acidentes enquanto que em 2014, foram de 13. O que significa que um acidente fez mais de uma vítima.
Em 2015, 2016 e 2017, o número de acidentes variou entre 11 nos dois primeiros anos e 12 em 2017. E as vítimas foram 11 em 2015, 14 em 2016 e 13 em 2017.
Já em 2018, houve uma redução de 38,46% de vítimas fatais em acidentes, o esperado era que os números continuassem a reduzir, principalmente porque as ações de conscientização estão cada vez mais fortes.
Rio Grande do Sul
No Estado, em 2018, foram registradas 1.670 vítimas em decorrência de acidentes fatais .
O Detran-RS analisou os perfis dos acidentados, confira os dados: 0 a 10 anos: 36 vítimas (2,2%); 11 a 14 anos: 14 vítimas (0,8%); 15 a 17 anos: 43 vítimas (2,6%); 18 a 20 anos: 100 vítimas (6%); **21 a 24 anos: 172 vítimas (10,3%); **25 a 29 anos: 161 vítimas (9,6%); 30 a 34 anos: 139 vítimas (8,3%); 35 a 39 anos: 121 vítimas (7,2%); 40 a 44 anos: 127 vítimas (7,6%); 45 a 49 anos: 118 vítimas (7,1%); 50 a 54 anos: 153 vítimas (9,2%); 55 a 59 anos: 103 vítimas (6,2%); 60 a 64 anos: 97 vítimas (5,8%); 65 a 74 anos: 152 vítimas (9,1%); Acima de 75 anos: 122 vítimas (7,2%); Não informado: 12 vítimas (0,7%).
O número de jovens entre 21 e 29 anos são os que mais se envolvem em acidentes fatais, representando um percentual de quase 20% das mortes.
Faixas etárias
Motociclistas – 21 a 24 anos: 61 mortes; 25 a 29 anos: 61 mortes; 30 a 34 anos: 49 mortes;
Condutores – 21 a 24 anos: 55 mortes; 25 a 29 anos: 50 mortes; 30 a 34 anos: 49 mortes;
Pedestres – acima de 75 anos: 62 mortes; 65 a 74 anos: 47 mortes; 50 a 54 anos: 42 mortes;
Passageiros – 21 a 24 anos: 36 anos; 65 a 74 anos: 35 mortes; 25 a 29 anos: 30 mortes; acima de75 anos: 30 mortes;
