A internet pode mudar esta eleição

2015-04-10_190211

Estas eleições terão algumas mudanças de regras quanto a faixas, cartazes, comícios e limitação de cabos eleitorais, entre outras, mas o que se destaca são as redes sociais e aplicativos de mensagens.
Esta é a revolução e o TSE impôs regras claras para coibir abusos, mas vai dar muita dor de cabeça. Ontem, segunda-feira, um dos principais jornais impressos do país denunciou o uso de robôs na campanha de Bolsonaro, para se ter ideia do que vem por aí. Querendo ou não os eleitores serão bombardeados no Facebook, no Messenger, no Whatsapp e no Instagram. Pode bloquear? Pode, mas sempre terá um “amigo” que vai furar o bloqueio e fazer aquela pressão em favor de seu candidato.
O que a maioria esquece e é o fiel da balança em qualquer eleição é a parcela invisível da sociedade. Ela mesmo: a mulher pobre, chefe de família, que não tem contato com a internet (nem por tempo e nem por dinheiro). Este nicho é quase 20% da população nacional que nenhum candidato sabe como contatar.
Esta mulher, cheia de filhos e com vários subempregos, que é a mais desamparada da sociedade, não tem tempo, inspiração nem credulidade para se desgastar com esta dança enlouquecida que assola este país de quatro em quatro anos. Ela sabe que sua vida não vai melhorar, pois a atenção dela está focada no que colocar na mesa dos seus filhos no dia de hoje. Ela, junto com todos os outros cidadãos vão ser guardados na gaveta no dia 7 de outubro, para de lá sair na próxima corrida ao pote de ouro.