15 mil pessoas no 11º Polentaço

2015-04-10_190211

Programação ocorreu no sábado e domingo e teve, também, comercialização de produtos coloniais da 9ª Feira do Agricultor

Ao número de 1,6 mil quilos de polenta preparados e distribuídos ao público, fracionados em aproximadamente 6,5 mil porções do alimento, acompanhado de molho de carne e queijo ralado, o 11º Polentaço trouxe outro número igualmente impressionante: 15 mil pessoas circularam por Monte Belo do Sul entre sábado e domingo, quando ocorreu a programação da festividade. O total é mais do que o dobro de público registrado na 10ª edição, em 2019.

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Público prestigiou o 11º Polentaço. Crédito Viviane Somacal

“Foi um sucesso cultural e econômico, com grande repercussão. O Polentaço é um evento que agrega entusiasmo, tradição, parcerias e voluntariado, tendo papel fundamental na guinada que o município deu no turismo e na atração de empreendedores” destaca o secretário municipal de Cultura e Turismo, Álvaro Manzoni.

A proposta beneficia diretamente os empreendedores de pequeno e médio porte, especialmente familiares – nesta edição, mais de 30 pequenas empresas expuseram e comercializaram seus produtos. “A renda destes dois dias fica entre as famílias, um formato de turismo sustentável, fazendo com que estes núcleos familiares que participam das promoções de Monte Belo Sul tenham sentimento de pertencimento ao local em que vivem. Isso tudo faz do Polentaço uma promoção altamente lucrativa, não sob o ponto de vista financeiro, mas pela preservação da cultura e tradição dos imigrantes italianos”, disse Manzoni.
A satisfação com a presença do público, consumindo produtos coloniais e artesanato, e assistindo aos espetáculos culturais e shows musicais, contagiou também o prefeito de Monte Belo do Sul, Adenir José Dallé, “Foi uma maravilha, sucesso absoluto. Desde 2017 temos trabalhado com foco no desenvolvimento econômico por meio do turismo, realizando eventos capazes de atrair visitantes. A cada edição, crescemos em número de negócios participantes e de público visitante. Isso significa que estamos no caminho certo”, disse.

Quem comanda a polenta

O tombo da polenta, que é a passagem do alimento do tacho onde a farinha foi fervida para o recipiente de onde é servida e distribuída à população, encantou os visitantes em dois momentos, nas tardes de sábado e de domingo.
Anselmo Eidemann, marceneiro aposentado, de 81 anos e morador de Rio do Oeste, é um dos 9 voluntários que vieram do Oeste catarinense para ajudar, como voluntários, a fazer a polenta. Ele participou pela terceira vez do Polentaço e revela que foram utilizados 125 quilos de farinha e mais de 600 litros de água para cada um dos dias. Além disso, foram cinco quilos de sal e 3 litros de óleo de soja para produzir cada tacho com 800 quilos de polenta, com quatro horas de cozimento. “Quando a polenta é servida para as pessoas, recebe o complemento de molho de carne e mais 450 quilos de queijo”, conta. Nesta edição, foram mais de 6,5 mil porções distribuídas ao público. A família de Alexandre Souza e Elisandra Fernandes, de Bento Gonçalves, que foi à festa com dois filhos de 11 e oito anos, aprovou o resultado. “A polenta é muito boa, e o Polentaço é uma excelente festa e estamos muito felizes por poder participar, disse Elisandra.

Negócios familiares comemoram

O comércio incentivado pelo fluxo de pessoas circulando pela cidade em função do Polentaço gerou resultados considerados muito bons durante o final de semana. Eduardo Gabriel, agricultor familiar do interior do município, levou o que produz na propriedade para vender no quiosque e encerrou a programação satisfeito. “Essa festa ajuda muito os pequenos agricultores e dá um reforço de caixa das empresas familiares”, garantiu. Gabriel estava vendendo doces, tortas, geleias, queijos, salames e outros quitutes.
Outro que levou sua própria produção para vender no 11º Polentaço foi Décio Tasca, dono da Famiglia Tasca, de Santo Isidoro, interior de Monte Belo, empresa que criou há 27 anos. Nesta edição ele fez o lançamento de um produto: o quentão feito à base dos sucos de laranja e bergamota. “O pessoal gostou, vendemos bastante, mais do que esperávamos”, disse.

O proprietário da Casa Moro, que produz vinhos e espumantes, Luciano Moro, também estava comemorando o sucesso de vendas que sua empresa familiar atingiu nesta edição do Polentaço. “Vendemos muito bem de tudo, principalmente os espumantes”, contou.

Esculturas de polenta celebram cultura

Quem visitou o Polentaço no domingo (22) pôde ver de perto as obras premiadas na edição deste ano da Exposição de Esculturas feitas com polenta, uma das únicas mostras do gênero no mundo. Entre as 41 inscritas nesta edição, a campeã foi a obra ‘Imigração Italiana, o embarque em Gênova, no navio Colomba’, assinada pela Comunidade São Pedro – que recebeu o troféu Cagliera D’oro. A segunda colocada foi ‘A colheita do milho’, de autoria da Confeitaria Benvenutti, e premiada com a Cagliera Dargento. A escultura ‘Velho Casarão’, do Sítio Pitanga Nativa, ficou com a Cagliera Di Bronzo, na terceira colocação. O Troféu destaque, a Cagliera Nera, foi para a Comunidade Nossa Senhora de Caravaggio, com a obra ‘La casa del Nonno Bépi’, feita apenas com polenta. As vencedoras receberam, também, prêmios das empresas Multimóveis, Decibal Móveis, Carraro Móveis, Vinícola Cavalleri e Loja Carol Modas.